sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Wangechi Mutu



Wangechi Mutu was born in Kenya and has trained as both a sculptor and anthropologist. Her work explores the contraditions of female and cultural identity and makes reference to colonial history, contemporary African politics and the international fashion industry. Drawing from the aesthetics of traditional crafts, science fiction and funkadelia, Mutu´s works document the contemporary myth making of endagered cultural heritage.

Piecing together magazine imagery with painted surfaces and found materials, Mutu´s elaborate collages mimic amputation, transplant operations and bionic prosthetics. Her figures become satirical mutilations. Their forms are grotesquely marred through perverse modification, echoing the atrocities of war of self-inflicted improvements of plastic surgery. Mutu examines how ideology is very much tied to comporeal form. She cites a European preference to physique that has been inflicted on and adapted by africans, resulting in both social hierarchy and genocide.

Mutu’s figures are equally repulsive and attractive. From corruption and violence, Mutu creates a glamorous beauty. Her figures are empowered by their survivalist adaptation to atrocity, immunised and ‘improved’ by horror and victimisation. Their exaggerated features are appropriated from lifestyle magazines and constructed from festive materials such as fairy dust and fun fur. Mutu uses materials which refer to African identity and political strife: dazzling black glitter symbolises western desire which simultaneously alludes to the illegal diamond trade and its terrible consequences. Her work embodies a notion of identity crisis, where origin and ownership of cultural signifiers becomes an unsettling and dubious terrain.


       Mutu’s collages seem both ancient and futuristic. Her figures aspire to a super-race, by-products of an imposed evolution. In this series of work, she uses old medical diagrams, to convey the authenticity of artefact, as well as an appointed cultural value. Satirically identifying her ‘diseases’ as a sub/post-human monsters, she invents an equally primitive and prophetically alien species; a visionary futurism inclusive of cultural difference and self-determination.


Português: Wangechi Mutu nasceu no Quênia e foi treinada tanto como escultora e antropologista. Seu trabalho explora as contradições da identidade cultural e feminina e faz referência à história colonial, política africana atual e a indústria da moda internacional. Bebendo da estética da arte tradicional, ficção científica e funkadelia, o trabalho de Mutu documenta o mito contemporâneo da herança cultural em perigo.

Juntando imagens de revistas com superfícies pintadas e materiais achados, as elaboradas colagens de Mutu aludem à amputações, transplantes e membros biônicos. Suas figuras se transformam em mutilações satíricas. Suas formas são grotescamente feridas por modificações perversas, ecoando as atrocidades da guerra dos melhoramentos auto-infligidos da cirurgia plástica. Mutu examina como a ideologia está amarrada à forma corporal. Ela cita uma preferência europeia ao físico que foi infligida e adaptada por africanos, resultando tanto em hierarquia social e genocídio.

As figuras de Mutu são igualmente repulsivas e atraentes. Da corrupção e violência, Mutu cria uma beleza glamurosa. Suas figuras são fortalecidas pela adaptação à atrocidade, imunizadas e "melhoradas" pelo horror e vitimização. Suas feições exageradas são apropriasdas para o estilo de vida das revistas e construídas de materiais como pó de pirlimpimpim e pêlo falso. Mutu usa materias que referem à identidade africana e conflito político: deslumbrante purpurina negra representa o desejo ocidental que simultanemante alude ao tráfico ilegal de diamantes e suas terríveis consequências. Seu trabalho abraça uma noção de crise de identidade, onde origem e propriedade se tornam um terreno dúbio e inquietante.

As colagens de Mutu parecem tanto antigas quanto futuristas. Suas figuras aspiram uma super-raça, subprodutos de uma evolução imposta. Nessa série de obras, ela usa diagramas médicos para transmitir a autenticidade do artefato, tanto quanto o nomeado valor cultural. Satiricamente identificando suas "doenças" como sub/pós-humanos monstros, ela inventa uma igualmente primitiva e profética espécie alienígena; um futurismo visionário inclusiva da diferença cultural e auto-determinada.


Source: http://www.saatchi-gallery.co.uk/artists/wangechi_mutu_about.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário